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Trabalhos Intitucionais.

 
Campus da Unipampa |
Santana do Livrameno, RS
2010

Situação: projeto não executado.

 

Arquitetos: Janaina Carla Dalarosa e Marcelo Kiefer.

 

Para estabelecer a sede da unipampa em Livramento há poucos anos, o Governo Federal adquiriu o prédio originalmente erguido para um Colégio Marista. De técnicas mistas e executado em diversas etapas desde o início do século vinte, a construção tem como características marcantes os tijolos e blocos de arenitos das paredes mais antigas e os arcos formados em uma das fachadas internas, descaracterizados pelas obras mais recentes como o revestimento  externo de fulgê cinza.

Em 2010, a arquiteta Janaina, antes da criação da J&K, foi contratada para o cadastramento do prédio e para tal recebeu o apoio dos arquitetos Marcelo Kiefer, Luis Perrone e Selma Cury. Ao intensificar o envolvimento com o tema, os dois sócios  do atual escritório J&K Arquitetura desenvolveram e apresentaram à reitoria da Unipampa uma proposta de recuperação e adequação ao uso de um dos prédios mais significativos da cidade.

A proposta visou consolidar, por meio de três novas edificações, a vocação de claustro sugerida pela implantação do Campus. Respeitou-se a hierarquia das preexistências, valorizando o caráter histórico do conjunto, com relações volumétricas estratégicas, alinhamentos e uso de vidro nas fachadas refletindo os prédios antigos. O novo se integra de forma contrastante e leve, evidenciando o antigo, hoje tombado. O projeto propôs recuperar os belos arcos plenos da edificação de 1928. Não seria possível projetar o novo mantendo valores relevantes mascarados, tampouco, pensar uma forma integrada sem sugerir a rearquitetura do antigo colégio. A iluminação natural também é fator determinante na proposta que busca o melhor aproveitamento da orientação solar sem perder a luminosidade existente. Desenvolveu-se  ainda estratégias de eficiência energética, através de conforto por soluções passivas de arquitetura e esquemas de aproveitamento de água, vento e insolação, bem como soluções modernas de climatização artificial, considerando a sustentabilidade como algo que nunca deixou de ser parte do fazer arquitetônico.

A primeira edificação substitui o “Maristinha”. O novo volume contempla um pavimento a mais, com lajes nos mesmos níveis do bloco da fachada principal, fazendo uma transição volumétrica para o prédio de 1908. Sua estrutura é concreto, pilares metálicos e fechamento em vidro, dando continuidade à identidade da nova arquitetura. A acessibilidade se dá por meio de elevador e escada. A edificação abriga o setor administrativo de forma clara e racional.

As segunda e terceiras edificações são compostas por uma base com subsolo e térreo, sobre a qual erguem-se dois blocos interligados. No subsolo as salas são iluminadas e ventiladas pelo rasgo do anfiteatro. Paralelo a essas se criou uma passagem interligando o subsolo existente ao novo. Na Cantina, explorou-se a ampla vista da cidade devido à topografia do terreno. No térreo, o Foyer configura percurso da circulação térrea, servindo como espaço de congregação de pessoas  e interliga o espaço de eventos, o bar-cantina e o auditório com o “Maristão”. Todos os espaços poderão ser utilizados para eventos externos de forma isolada, utilizando-se o acesso à rua lateral. O Auditório possui ligação direta ao exterior, assim como a entrada de veículos para apoio e serviços, além de ampla saída de emergência. Com espacialidade projetada para teatro, o local amplia e diversifica os usos. No 2º pavimento, encontra-se a Biblioteca dividida em três partes: na primeira parte, um espaço pleno de transparência; na segunda (mais fechada), está o acervo; por fim, na terceira parte, ficam dois terraços-jardim, permitindo a apreciação da vista da cidade e do campus. No 3º pavimento, encontram-se os gabinetes e as salas de aula. Quanto à acessibilidade, esta se dá por meio de escada, rampas e  elevador.

 
Edifício Anexo Faurgs- UFRGS
2015

Área : 2.583,00m²

Situação: previsão início execução 2016.

 

Arquitetos: Janaina Carla Dalarosa e Marcelo Kiefer.

 

 
Edifício Anexo IPHAN-RS
2013-14

Área : 615,00m²

Situação:aguardando licitaçâo da obra

 

Arquitetos: Janaina Carla Dalarosa e Marcelo Kiefer.

 

Prédio Anexo II da UFCSPA | Porto Alegre, RS.
2003-2011

Área:8.567,75m²

Situação: obra finalizada.

 

Arquitetos: Marcelo Kiefer, Patrícia Gubert Neuhaus, Rodrigo Allgayer e Gabriel Menna Barreto.

 

Fruto de concurso público de arquitetura, realizado em 2003, o Anexo II da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre [UFCSPA] foi concluído em junho de 2011, e atende hoje a demanda da instituição por novos cursos, criados a partir da conversão da antiga Fundação Faculdade de Ciências Médicas de Porto Alegre em Universidade.

A concepção do Projeto para a edificação reflete a contemporaneidade da arquitetura com base na realidade brasileira, atendendo à crescente necessidade de pensar a saúde de forma global: prevenção, cuidados com o corpo, nutrição. A simbiose com a educação amplia seu leque de ação, valorizando o papel da universidade como instrumento essencial para manutenção do bem-estar social. O extenso e complexo programa funcional exigiu uma organização espacial que traduzisse esta diversidade sem abrir mão da unidade e imponência que a nova edificação deveria exibir.

Como reflexo adota-se a estratégia compositiva de volumes diferenciados encaixados a uma estrutura modular, perfeitamente adaptada à diversidade funcional da edificação. Um plano diagonal articula os alinhamentos sugeridos pelo entorno, estabelecendo uma direcional marcante e revelando externamente a estrutura. É neste plano que reflete-se a organização espacial, uma vez que a ele conectam-se os outros volumes: o bloco principal e base de estacionamentos, o auditório com tratamento específico para sua função, e o volume do acesso, este em escala mais apropriada, valorizando a estreita interface de acessos disponível no terreno.

A idéia central da proposta foi gerar movimento através da justaposição das direcionais marcantes, definidas a partir do plano rotacionado, distinguindo e organizando os acessos através de níveis e semi-níveis, provendo assim um pavimento padrão que atendesse às necessidades específicas da área médica: ensino, atendimento e prevenção em saúde. Dessa forma, estabeleceu-se o diálogo claro entre partes distintas do programa [tipos de público, usos específicos], a edificação e seu entorno. 

O programa de necessidades apresentado pelo cliente era complexo e diferenciado, e a necessidade de flexibilidade funcional instruiu a criação de um pavimento tipo de planta livre, que abrigou as funções diferenciadas, gerando movimento na fachada através da diferenciação das aberturas. A esta fenestração adicionou-se a grelha modular de brises metálicos, que atenuam a insolação e conferem movimento e unidade às elevações leste e oeste. 

No térreo encontra-se o hall principal de acesso e controle, e o setor de consultórios de atendimento ao público, complementado pelo laboratório de análises clínicas situado no segundo piso. A porção central da edificação abriga, em seu terceiro e quarto pavimentos, os setores de integração acadêmica e pública, através das áreas de eventos e auditório, este posicionado em volumetria distinta. A partir do quinto pavimento, distribuem-se as funções vinculadas ao ensino e pesquisa, com salas de aula, laboratórios e consultórios, cozinha experimental e centro de gastronomia, fisioterapia e setores administrativos. Finalmente, o nono e último pavimento abriga um restaurante com vista panorâmica para o do centro de Porto Alegre.

O plano compositivo diagonal, em pele de vidro, atende aos pavimentos que se relacionam mais abertamente com o exterior [eventos, saguões e restaurante panorâmico], conferindo-lhes maior permeabilidade visual diurna e transparência noturna.  Nas salas aulas, integra-se à fachada oeste um sistema de venezianas moveis de madeira, dando um destaque intencional ao pavimento. Os volumes lateralizados do hall de acesso e auditório receberam revestimento em placas de alumínio, conferindo-lhes a neutralidade necessária para garantir o equilíbrio com a composição dos volumes principais.

Verticalmente os pavimentos são servidos por uma escada pressurizada e três elevadores. Além destes, a partir dos pavimentos de eventos foi criado um sistema de rampas que promovem a ligação entre estes, o auditório e as salas de aula. Tal configuração permite isolar, caso desejável, as áreas de eventos sem impedir o acesso ao auditório, ou ainda promover a ligação direta entre o pavimento de aulas e a área de eventos em dias de congressos e simpósios. Além de flexibilizar a circulação, este sistema de rampas traduz tanto na fachada permeável como no interior a idéia de flexibilidade espacial e integração programática, propícias à convivência acadêmica.

Por fim destaca-se a saudável iniciativa da Instituição em promover o concurso público de arquitetura, o que possibilitou a escolha da proposta de forma democrática, abrindo o canal para idéias contemporâneas e garantindo a fidelidade ao projeto original, já que previa o acompanhamento e fiscalização da execução pela equipe de projeto. O produto final atende plenamente as necessidades de ampliação da instituição, no campo da nutrição e biomedicina, incorporando uma arquitetura viável, que direcionou estrategicamente os investimentos sem ostentação. A complexidade programática foi distribuída com clareza nos volumes projetados, dentro de uma estrutura racional de composição, mas liberta diagonalmente através do movimento gerado pela geometria dos planos rotados, estabelecendo um diálogo aberto com o entorno. Criando ambientes ricos pelo seu repertório arquitetônico [rampas, vazios e brises], valoriza-se a história da Instituição através da arquitetura, revigorando o papel da Universidade como referência para a sociedade.

No ano de 2013, a obra do Anexo 2 ganhou o prêmio "O Melhor da Arquitetura" da revista Arquitetura e Construção, primeiro lugar na categoria Escolas e Universidades. 

Cobertura do Prédio da FAURGS | Campus do Vale UFRGS.
2011-2013
Situação: obra finalizada.

 

Arquitetos:Janaina Carla Dalarosa e Marcelo  Kiefer

 

 

Desenvolvido em 2011, o projeto começou a ser executado a partir de agosto de 2012. A obra está praticamente finalizada.

O programa atende à necessidade de ampliação do setor administrativo da FAURGS, Fundação de Apoio à UFRGS. Foi utilizada a área de cobertura do prédio, ocupando uma pequena parte  do salão de festas existente e uma área aproximada de 100m² de terraço. O salão de festas não perdeu em metragem, sendo ampliado até a mureta lateral com a elminiação de um corredor externo sem uso. No terraço posterior, foi executada uma marquise em estrutura metálica e fechamento em vidro. O piso foi alterado e a impermeabilização refeita. No decorrer do processo, outras intervenções foram realizadas no salão e no hall de entrada, anteriormente ocupado pela casa de máquinas do elevador a qual fora deslocada para um novo pavimento afim de criar uma nova parada ao elevador. 

A tarefa de propor um novo volume e costurar um prédio originalmente revestido com pastilhas verdes e um salão de festas de madeira com cobertura curva, não foi tarefa fácil. A solução para a nova cobertura foi manter a curvatura conforme a parte existente, criando um shed para iluminação natural. Outra estratégia, foi utilizar revestimento metálico, com telhas tipo miniwave; o uso de caixas emoldurando as  esquadrias; e pintar a madeira, originalmente incolor, de branco pelo lado externo.  A nova estrutura também foi fator complicador, já que as fundações e a estrutura do prédio permitiam decisões restritas. Optou-se por fazer um projeto em gaiola, distribuida pelas vigas de borda, apoiadas no núcleo central. Os pilares serviram também como montantes para os painéis das esquadrias tipo pele-de-vidro. As caixas das aberturas da área de escritório possuem dupla função, proteger da chuva e do sol do verão, permitindo contúdo a entrada dos raios luminosos e térmicos no invernos. Os vidros foram protegidos com películas anti -UV. Internamente as paredes e forros da área de escritórios foram revestidos com madeira Tauari.

Infelizmente, antes mesmo da entrega da obra, algumas intervenções administrativas arbitrárias trouxeram ruídos para a concepção de projeto. Divisórias grosseiras, películas excessivamente escuras, proteores de ar-condicionado e calhas para rede elétrica são alguns exemplos. Há também problemas de acabamento relacionados com as pressões finais sobre a construtora, devido ao prazo de entrega, e as interveções arbitrárias, assim como alguns elementos projetuais não foram executados, como a porta entre o novo hall e o salão de festas. Ainda assim, a obra trouxe bons resultados, mostrando significativa qualidade.

Por fim, a posição dos vidros temperados e portas de acesso ao terraço do salão de festas, na fachada frontal, não fazia parte da concepção original elaborada pela equipe de projeto. A pedido da diretora da FAURGS, a linha de vidros foi posicionada no lado externo da nova marquise metãlica. Originalmente, o terraço deveria ser maior, extendido sob a marquise. Protegida da chuva e dos ventos, a linha também não ajudaria a prisionar a radiação térmica que atravessa a cobertura translúcida, ainda que a fachada tenha orientação sudeste.      

 

Prédio LAMEF | Campus do Vale da UFRGS.
2012-2014

Situação: Projeto arquitetônico e complementares finalizados. Fundações em licitação para obra.

​​

Arquitetos: Janaina Carla Dalarosa e Marcelo Kiefer.

 

 

Desenvolvido em 2012, o projeto do prédio da LAMEF, Laboratório de Metalurgia Física, para o novo centro tecnológico da UFRGS em implantação. será executado em duas etapas e aguarda a conclusão dos complementares e liberação sa SUINFRA para licitação.

Para os primeiros 1000 m2, de aprox. 4700m2 totais, parte mais baixa do volume tridimensional ao lado, o programa contempla um grande galpão para realização de testes, como os de desgaste dos dutos do pré-sal, entre outros desenvolvidos pela instituição.

Projetou-se um espaço adequado à flexibilidade das atividades, de diferentes demandas de escala de tempo, espaço e complexidade. Em cada módulo estrutural foram planejados núcleos com fornecimento elétrico de diversas voltagens, além de cabeamento estruturado, água potável e reaproveitada, ar comprimido e outros gases. A cobertura verde e o isolamento da estrutura de vedação facilitam o controle de temperatura, acústico e de umidade dentro da edificação. A água da chuva recolhida em cisterna depois de filtrada é também utilizada nos acionamentos de descarga dos sanitários. Zenitais aumentam a possibilidade de iluminação interna e de ventilação por convecção.O pé-direito de mais de 8m terá posteriormente um mezanino. O único equipamento fixo é uma ponte rolante, para qual foram projetadas fundações independentes. 

Ampliação Prédio Setor de Suinos | Veterinária UFRGS.
2012-2014

​Situação: Anteprojeto finalizado. Projeto executivo e complementares em licitação.

 

Arquitetos: Janaina Carla Dalarosa e Marcelo Kiefer

Auditório e Biblioteca do Museu da Lomba | IPDAE.
2010

Situação: estudo em suspensão até 2014.

 

Arquitetos: Marcelo Kiefer

 

 

Lançado em 2010, o projeto deve ser desenvolvido no ano de 2014. O programa contempla um auditório, uma biblioteca, sala de restauração, banheiros e uma área aberta para leitura e outras atividades. O prédio separa a frente do terreno, onde está a sede do Museu da Lomba  do Pinheiro, instalado em parte em um antigo armazém da região, e uma área de preservação, com trilhas para passeio.

O Museu da Lomba faz parte do IPDAE, instituto Popular de Arte-Educação, que desenvolve um trabalho social de várias frentes.

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